Como os novatos se adaptam após a sua primeira partida
- Ростислав Михайлик
- 13 de ago.
- 6 min de leitura
As primeiras partidas sempre permanecem inesquecíveis para os jogadores, pois é o momento em que os sonhos encontram a realidade da competição, o nervosismo e um novo formato de jogo. Conversamos com participantes de várias ligas para descobrir o que mais os surpreendeu durante a estreia, como superaram o nervosismo e quais conselhos dariam aos iniciantes.

– Você tinha uma ideia diferente sobre o vôlei de praia antes do seu primeiro torneio?
Antes, eu não entendia o vôlei de praia, especialmente o formato dois contra dois. Eu costumava pensar, como é possível jogar assim? E na areia, ainda por cima. Mas todo verão eu via pessoas jogando, lutando por cada bola, demonstrando emoções tão fortes que era impossível não sentir prazer só de assistir alguém fazer uma defesa incrível. Isso me fez querer tentar também. E eu digo, o vôlei de praia é um esporte incrível.
– Foi difícil jogar em dupla e encontrar entendimento mútuo com seu parceiro?
Se você ou seu parceiro são mentalmente estáveis e controlam as emoções, é muito fácil se entender. Tive momentos em que discutimos durante o jogo, mas pegávamos um tempo – uma pausa de 30 segundos que cada time pode usar durante um set para discutir táticas, descansar ou resolver problemas. Sentávamos e conversávamos. Se quiser ganhar, precisa ceder e se acalmar. Tive poucos problemas com parceiros porque, se queríamos ganhar, concordávamos e cedíamos um ao outro. Sou muito grata por sempre ter pessoas ótimas ao meu redor – tanto parceiros quanto colegas de equipe.
– Qual momento ou partida você lembra mais? Por quê?
O melhor momento para mim foi em Uzhhorod, quando joguei com meu parceiro e jogamos tão bem na quadra que aproveitei cada partida. Lutamos por cada bola, cada ponto. Em uma quadra de areia a +30°C sem vento, quando você não tem mais força, ainda assim se reúne e continua lutando. Em certo momento, percebi que chegamos ao top quatro e então lutamos pelo primeiro lugar. E aqui estou eu, com a taça e a medalha de vencedora – é uma sensação incrível.
– Que conselho você daria para quem vai pisar na areia pela primeira vez? O que gostaria de ter sabido antes da primeira partida?
Quando você pisa pela primeira vez na quadra de vôlei de praia, não compare com o vôlei clássico – é completamente diferente. No vôlei de praia, você joga dois contra dois, e só você pode apoiar seu parceiro. Na quadra, vocês precisam ser como um só, um mecanismo. Se algo der errado, peça um tempo, se acalme, apoiem-se mutuamente e joguem com toda a força. Vá para cada partida para que seus adversários entendam que não será fácil. Mostre resultados, não ostentação. Jogue com honra em cada partida. Um time, uma missão, um objetivo e 100% de determinação.

– O que mais te surpreendeu durante sua primeira partida na liga?
Foi algo novo: um campo incomum, as laterais, um formato interessante, muita intensidade e velocidade no jogo, e decisões rápidas.
– Com que rapidez você se adaptou ao formato e ritmo do jogo?
Como meu estilo de vida está completamente ligado ao futebol e futsal, não foi difícil me adaptar. Eu realmente entrei no ritmo e formato do jogo literalmente na primeira semana.
– Foi fácil se encaixar na equipe? Alguém ajudou na sua adaptação?
Não foi difícil me encaixar porque me comunico bem, sou o alma da equipe e tenho ampla experiência em construir times – tanto no futsal quanto no futebol – sendo capitão.
– Que conselho você daria para um jogador que está migrando do futebol de campo para o formato 4x4?
Antes de tudo, mostre muita vontade, caráter e disciplina. É importante ouvir jogadores mais experientes, não se deixar levar pelas emoções e sempre terminar a partida até o fim, porque mesmo estando 0x5 você pode virar o jogo – isso já foi comprovado muitas vezes. Lembre-se, a bola aqui é menor que no futebol de campo, o quique é diferente, e as laterais anulam a maioria dos esquemas de futsal. O jogo é muito intenso e rápido, então um bom aquecimento é crucial para preparar o corpo e os músculos para a carga. A recuperação adequada e um sono saudável são igualmente importantes.

– O que mais te surpreendeu no seu primeiro dia no CLA?
Provavelmente a forma como os gamers se sentam durante uma partida. Eu estava acostumado a sentar com as mãos para baixo, e isso foi muito desconfortável no começo. Demorou para eu me acostumar, e sinceramente, ainda estou me acostumando. Também fiquei impressionado com o número de modalidades no local. Eu tinha experiência em área semelhante, mas nunca tinha visto tantas modalidades acontecendo simultaneamente. Essas foram as duas coisas que mais me surpreenderam.
– Como você lidou com o nervosismo durante a transmissão?
Acho normal ficar nervoso. Mas existem diferentes tipos de nervosismo: aquele que atrapalha a jogar, que te deixa bravo, agressivo ou tiltado – isso é negativo. Mas também há o nervosismo antes ou durante a partida, quando seus olhos brilham de desejo e você sente excitação – isso é normal. Como eu lido? Provavelmente com experiência. Não diria que estou ‘velho’ ou pronto para me aposentar, mas estou nessa área há tempo suficiente para que o nervosismo ‘negativo’ apareça cada vez menos. Antes do jogo, posso ouvir minha música favorita ou tomar chá. Normalmente como pouco ou nada para me sentir mais leve. Quando o jogo começa, tento afastar pensamentos desnecessários e focar no jogo. Como disse meu músico favorito Gunna: ‘muitas derrotas me ensinaram o que realmente importa.’
– Você teve dificuldades com os diferentes formatos de jogo? Como se adaptou?
Como nunca tinha jogado o modo 95-overall antes, no começo foi um pouco difícil. Não tive problemas com o Ultimate Team porque já tinha jogado bastante esse modo. Mas com o tempo me acostumei também com o 95-overall e comecei a gostar. Gosto de um estilo de jogo rápido, então acho que combina comigo.
– Que conselho você daria para se sentir mais confiante na estreia?
Apenas tente jogar o seu próprio jogo. Eu gosto de jogar agressivamente e impor meu estilo. Mas adversários fortes rapidamente se adaptam ao seu estilo, então você precisa mudar algo toda vez e buscar novas soluções. No começo, aconselho não focar nos erros; erramos para melhorar. Não copie táticas ou esquemas de outros sem entender o significado – é melhor construir seu próprio sistema que funcione para você.

– Como foi sua primeira partida e o que mais lembra?
Minha primeira partida oficial foi em um torneio regional entre juniores. Eu estava muito nervoso, mas o adversário não era tão difícil, então me acalmei um pouco depois dos primeiros rallies. O que mais lembro é da sensação das mãos trêmulas e do coração acelerado durante o primeiro jogo.
– Você conseguiu controlar o nervosismo logo de cara? O que ajudou?
Não, não imediatamente. Os primeiros saques foram muito nervosos – minha mão tremia. O que ajudou foi focar no jogo, na técnica e na respiração. Também o apoio da equipe e do treinador foi muito importante. Ouvir vozes familiares atrás de você dá confiança.
– Foi difícil administrar a energia entre várias partidas no mesmo dia?
Sim, especialmente nos primeiros torneios. Eu queria dar tudo em cada partida, mas no final do dia estava exausto. Com a experiência, aprendi a aquecer direito, alongar depois dos jogos e evitar o desgaste emocional. Isso é muito importante para manter a energia.
– Que conselho daria para quem está jogando sua primeira partida de tênis de mesa?
Não tente jogar perfeitamente – apenas jogue seu próprio jogo. Foque em cada rally separadamente, não pense no placar ou no resultado. Lembre-se, todo mundo já jogou sua primeira partida um dia. E o mais importante, aproveite o processo, porque é o amor pelo jogo que ajuda você a crescer e vencer.
Cada uma dessas histórias mostra que as primeiras partidas são sempre especiais. Alguns descobrem um novo esporte, outros ajustam seu jogo a um formato diferente, e outros ainda superam o nervosismo diante das câmeras ou da plateia. Todas essas jornadas são unidas pelo desejo de jogar, evoluir e aproveitar cada momento na quadra, no campo ou na frente da tela. É isso que torna uma estreia inesquecível.
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